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III

by Marchioretto

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1.
vejo o mesmo final, outra vez te encontro em estado terminal tão simples assim, como se tudo de ruim fosse evaporar e nunca mais voltar mas é sempre tão estranho te ver com os cadarços presos nas canelas, com seus próprios nós só me diga qualquer coisa... mas se quer saber, se quer saber? a minha sorte me levava até você só não pode ser, não pode ser que as nossas cores se esmaecem ao tecer as linhas entre os meus sentimentos em telas que imitam sua fala queria ver você, mas sem mais cortes esperando pra dizer: ''fico feliz que você está aqui'' e agora entendo me sinto tão destemperado quando dou ouvidos ao meu próprio julgamento não escondo as minhas vontade e nunca achei tão necessário mas toda vez que eu repito algo, vejo surpresa no seu rosto, como se não conhecesse só não espere que agora eu faça como fiz naquela hora só não espere que agora eu faça como fiz naquela hora mas se quer saber, se quer saber? a minha sorte me levava até você só não pode ser, não pode ser que as nossas cores se esmaecem ao tecer as linhas entre os meus sentimentos em telas que imitam sua fala queria ver você, mas sem mais cortes esperando pra dizer: ''fico feliz que você está aqui''
2.
Sua Vez 03:10
tudo bem, tá tudo bem acho que dessa vez eu vou deixar passar um desabafo que eu não pensei que eu não pensei em te contar fica pra mim, fica pra mim não vale a pena me entegar assim e mesmo que eu queira jogar tudo pro alto o céu não vai aguentar as minhas preces dessa vez ''você precisa se centrar" foi o que você quis dizer só pra eu parar de falar e o silêncio, tão confuso, seguir a me assombrar eu nunca vou negar os meus defeitos nem as coisas que eu tenho que aprender só que nem sempre tudo é como a gente tenta ver me diga de uma vez sem se abster, pois seu olhar não entrega direção não quero duvidar do que um dia eu pude ver porque agora é sua vez temos tanta sorte, tanta sorte de poder fugir bandeira branca quando as coisas parecem não te envolver mas quem fica não esquece, não esquece de ficar esperando a resposta aparecer pra destruir toda marca, incisão eu nunca vou negar os meus defeitos nem as coisas que eu tenho que aprender só que nem sempre tudo é como a gente tenta ver eu nunca vou negar os meus defeitos nem as coisas que eu tenho que aprender só que nem sempre tudo é como a gente tenta ver me diga de uma vez sem se abster, pois seu olhar não entrega direção não quero duvidar do que um dia eu pude ver porque agora é sua vez
3.
pode ser, tanto faz, não fui eu que pedi se vai ser bem melhor, não fui eu que pedi se você diz que "não faz diferença" eu digo "pelo menos, eu tentei" então pergunto "e o que você fez?" ouço o vento soprando entre as peles pode ser, tanto faz, não fui eu que pedi quando for me culpar, lembra, nunca te pedi pra tirar tudo do seu lugar ou dizer o que tinha que fazer se você quer motivos pra perder siga falando mais do que ouviu não finja que você queria, pois não ouviu nem queria ouvir não houveram conversas nem resoluções já percebeu que a sua vida ficou tão grande absurda? esmagando tudo que passou aqui e não cabe à mim segurar não finja que você queria, pois não ouviu nem queria ouvir não houveram conversas nem resoluções já percebeu que a sua vida ficou tão grande absurda? esmagando tudo que passou aqui
4.
Minerva 03:21
veja bem, veja se agora eu posso carregar sua bagagem? porque meu rosto não consegue mais esconder descontento quando você vem até mim e as vezes, me pego pensando no que eu devia fazer pra nunca mais abrir minha boca e nem os meus portões pra sua sombra. pra essa sombra que te amaldiçoa em quase todo lugar voltando à pergunta: o que eu devia fazer? o que eu devia te dizer? tire suas mãos de mim se for pra nunca mais me ouvir não é pra sempre mas agora eu não posso te ajudar só não consigo mais sentir essa bobagem pesar em mim, é eu não consigo mais sentir parapapapa, minerva parapapapapapapapa, minerva se te contempla como diz porque ninguém consegue entender e nem consentir? se te machuca tanto assim será que a minha reação sempre vai ser surpresa se eu já sei o final? se eu já sei o final? eu não consigo mais parapapapapapa, minerva parapapapapapapapa, minerva parapapapapapapapa, não se entregue, minerva
5.
fale o que você quiser por ora, só vou assistir eu sei que eu nunca fui o mais articulado e nem esperto vou deixar tudo bem aqui o tempo vai falar por mim as pistas não vão te levar à nenhum traço de discórdia sinta tudo o que quiser sentir só não destrua as promessas de repente os astros que falam pagam seu silêncio bocas venenosas, flores no espelho encare o seu dom de viver sem pensar no que dizer eu não deveria estar aqui e a sua caixa postal já pesa uma tonelada cartas não param de chegar, e elas tentam te avisar que é bem pior viver um sonho onde seus mundos não se expõem nós nunca fomos personagens, então podemos decidir por nós mesmos? eu nunca me importei sinta tudo o que quiser sentir só não destrua as promessas de repente os astros que falam pagam seu silêncio bocas venenosas, flores no espelho encare o seu dom de viver sem pensar no que dizer eu não deveria estar aqui
6.
Queda Livre 02:47
alto e bom som, seus pensamentos agem pra te afastar, te destruir aos poucos sempre foi assim por isso, apago as luzes eu vou trancar a porta eu vejo o seu rosto mas não lembro de quem é vou apagar as luzes eu vou trancar a porta vejo seus velhos onde eu posso te encontrar eu não posso voltar as coisas que deviam ser verdade não podem ser se não é o seu momento de realinhar eu me coloco em queda livre pra adormecer por isso, apago as luzes eu vou trancar a porta eu vejo o seu rosto mas não lembro de quem é vou apagar as luzes eu vou trancar a porta vejo seus velhos onde eu posso te encontrar mas eu não posso mais voltar mas eu não posso mais voltar eu não posso mais
7.
e ela não sabe se desatou os nós da sua corda cacos nas mãos, vidros nos olhos, uma vida com insônia paranóia e ela ainda está deitada, esperando o seu amor costurar as cicatrizes em uma cama de hospital prescrições do prontuário te indicam repousar dos demônios que te cercam, que te escutam sem pensar e eu não esqueço suas vistas, suas vozes movediças que te afundam quando as coisas não parecem com as previstas pois no seu quarto só há silêncio que se espalha pela casa por cartas, você jura ódio e no momento, você falha e ela ainda está deitada, esperando o seu amor costurar as cicatrizes em uma cama de hospital prescrições do prontuário te indicam repousar dos demônios que te cercam, que te escutam sem pensar e ela ainda está deitada, esperando o seu amor costurar as cicatrizes em uma cama de hospital prescrições do prontuário te indicam repousar dos demônios que te cercam, que te escutam sem pensar
8.
Antenas 02:51
outro mantra velho que só vai te enterrar sonhos que enganam, a vontade quer falar porque mudar não é pra qualquer um não basta tentar fazer diferente chega pra quem precisa entender toda dormência que domina sua ambição se ainda tem algo em mente, grite com tudo que você tiver te vejo em uma antena, tentando gritar de tudo que você não pôde em mais um desses momentos, do rebanho tentando se encontrar escuto tanto seu choro, mas quando acordo não posso mais sentir tão incompreensível, o ar suspende toda indecisão que as ruas da sua casa amplificaram e ajudaram à esconder um baú cheio de tralhas tesouros cheios das coisas que se vê quando o corte estanca mas sua língua não parava de sangrar ela não, ela não parava de sangrar se ainda tem algo em mente, grite com tudo que você tiver te vejo em uma antena, tentando gritar de tudo que você não pôde em mais um desses momentos, do rebanho tentando se encontrar escuto tanto seu choro, mas quando acordo não posso mais sentir
9.
Júpiter 03:57
faça sua escolha antes de escapar, fugir pelas beiradas ainda estou dormente desde que você veio e me ligou jurando acreditar em mim agora pouco importa, eu não posso ajudar nunca fui um satélite pra você orbitar mas palavras não bastam pra tentar te tirar de dentro da sua júpiter o que seria um ano pra você são vinte aqui a sua rotação anda fugaz demais pra quem se enrosca em fios em tantos contratempos que te trazem mais culpa, e continuarão à te assombrar enquanto tudo for em vão sobre o que você pode ver e algumas chegam pra mostrrar que nem tudo irá embora já não te vejo aqui, mas posso te sentir só que não há nada agora que eu possa te mostrar nessa aposta tão cara quem sou eu pra julgar? quem sou eu pra julgar? nunca fui eu que quis todas essas palavras nunca antes proferidas te atacando quando ninguém podia te ajudar
10.
amigo, eu nunca vi você assim nem em momentos piores com o copo vazio e eu nem imagino o que possa ter sido eu já te vi inteiro, rezando por outro sem qualquer desprezo pelas nossas palavras, pelas nossas distâncias: eu senti muito medo em ver seu desespero o mundo é tão estranho, eu sempre me surpreendo o mais nobre dos nossos superaquecendo, em curto-circuito era você que me dizia: "espere mais três meses, isso tudo passará é só questão de tempo" agora, digo o mesmo eram só mais três meses pra tudo aquilo passar era questão de tempo, e agora, digo o mesmo é só questão de tempo, agora, digo o mesmo e então, ele chegou, abriu suas asas e pediu as contas um sorriso amarelo aquecia a sala ele bem sabia que seria assim porque sempre foi assim, sempre foi difícil sempre foi assim, sempre foi dificíl
11.
Carrossel 03:31
é como nunca acordar de um sonho estranho que eu não lembro mais do que aconteceu se eu morri ou se eu desmaiei, tanto faz se com migalhas você satisfaz pequenas doses de placebo perceba antes disso se perder na imensidão dos seus problemas se tudo é fase e tudo passa, eu vou fazer passar por mim não me dirija mais palavras se ainda falha em se alertar o tempo passa depressa o que eu vi, não te interessa você se prende em um carrossel que gira na sua sala uma distante e nefasta visão que nunca vai se completar e você nem sabe dizer se sente dor ou se não sente nada o tempo passa depressa o que eu vi, não te interessa você se prende em um carrossel que gira na sua sala uma distante e nefasta visão que nunca vai se completar
12.
eu admito, que já não posso que sempre foi demais pra eu sustentar e eu nem sei como estou inteiro já sinto que não me importo mais com essa culpa ou mais das desculpas se for pra bem, porquê tanto desse sofrer? pois que se faça, plena vontade pois que se faça, plena vontade então venha falar sobre as boas novas, sobre como tudo parece encaixar com os olhos vidrados, sem ter mais respostas, apenas perguntas e novas canções que entram na mente, te deixam em transe escondendo as notas e o seu ressoar na ponta da boca, sua voz ao cantar toda melodia explode no ar e aí eu me calo, aceno sem jeito, seus olhos confusos querem me encontrar e eu sei o que eu sinto e o que ninguém mais vê, só seria mentira se não fosse você que vive em meus sonhos, me acorda de noite, me faz viajar em um mundo de socos chutes, caneladas em cacos de vidro e acordo chorando esperando você me resgatar mas você não sai você não sabe o que fazer mas você não sai você não sabe o que dizer eu admito, que já não posso que sempre foi demais pra eu sustentar e eu nem sei como estou inteiro já sinto que não me importo mais com essa culpa ou mais das desculpas se for pra bem, porquê tanto desse sofrer? pois que se faça, plena vontade pois que se faça, plena vontade

about

"Marchioretto é um dos maiores pilares do novo rock independente ebulindo na capital paulista. Além de colaborar constantemente com diversos nomes da cena, aos 23 anos já produziu sozinho uma vasta discografia, documentando seu progresso a cada lançamento, tal qual um retrato instantâneo. Seu novo disco, "III", é a conclusão, a grande tese, dessa introspecção e estudo, através de um prisma ainda maior de influências e timbres. Ao longo de doze faixas Marchioretto expande seu som pop-punk inconfundível, elétrico e criativo como uma extensão de si mesmo, com novas pitadas de post-hardcore, indie rock e alternativo, sem perder o apelo pop, os refrões grudentos e a dinâmica impetuosa. Esse prisma também é representado na ilustração da capa de Bernardo Cintra. Gatinhos, refratados nas três cores primárias, simbolizam sentimentos conflitantes do início da vida adulta: a perda da inocência, a frustração diária inerente da rotina, porém a oportunidade de construir algo novo todo dia. "III" talvez represente o fim de um ciclo para Marchioretto, e o inicio de outro. De qualquer forma, fica o retrato de lembrança."

texto por Vinícius Mendes (tt: @ultralunaultra)

credits

released September 13, 2023

"queria mais uma vez agradecer aos meus amigos e família. sem eles, eu jamais teria forças pra fazer o que amo do jeito que faço e do jeito que quero.
mas dessa vez, dedico esse disco especialmente ao meu pai. sei que o senhor pode me ouvir de onde quer que você esteja."

gravado, mixado e masterizado por Nickolas Marchioretto
letras escritas por Nickolas Marchioretto ("Minerva" e "Prontuário" co-escritas por Alana Marchioretto)
capa feita por Bernardo Cintra
texto de release feito por Vinícius Mendes

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Marchioretto São Paulo, Brazil

de pirituba.
indie/power-pop brasileiro.

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